Como a ânsia de estar sempre conectado - com os telefones prontos, os olhos na tela e os dedos inquietos nas redes sociais - se tornou algo essencial para a vida? Para tornar visível este tão pregnante fenômeno, Camila Mozzini-Alister enfrenta tal problemática a partir de três ângulos de análise: as redes digitais como lugar de produção da verdade; o compartilhamento em rede como estratégia de universalização da conexão digital; e a universalidade das redes como um modo de subjetivação. Redes, compartilhamento e universalidade. É a partir dessa tríade argumentativa que a autora recorre ao território do marketing e o converte em seu campo empírico de estudos. Ao se deixar incitar por vídeos e embalagens publicitárias, a escrita alia experiência prática e teoria para dissecar as premissas de igualdade, felicidade e universalidade das redes digitais. Tudo para responder a uma busca insistente: afinal, como passamos a acreditar que a vida é melhor vivida se conectados digitalmente?